Avaliação microbiológica dos aparelhos celulares de profissionais do Bloco Cirúrgico em um Hospital beneficente

Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

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ISSN: 2238-3360
Editor Chefe: Lia Gonçalves Possuelo
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Avaliação microbiológica dos aparelhos celulares de profissionais do Bloco Cirúrgico em um Hospital beneficente

Ano: 2016 | Volume: 6 | Número: 3
Autores: C. B. C. Cunha, F. R. Moraes, V. S. Monteiro, F. G. M. A. Feitosa, I. T. C. Silva
Autor Correspondente: C. B. C. Cunha | [email protected]

Palavras-chave: cirurgia torácica, telefone celular, infecção, infecção hospitalar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Justificativa e Objetivos: A infecção hospitalar tem sido um problema frequente e crescente em todo o mundo. Tentar determinar fatores que possam contribuir com a disseminação de bactérias dentro do ambiente hospitalar faz parte da estratégia de controle deste mal. Os telefones celulares, dispositivos presentes no cotidiano de qualquer ambiente, incluindo os estabelecimentos de saúde, podem servir de reservatórios de patógenos, e, em seu manuseio, ajudar na disseminação de infecção nos hospitais. Essa preocupação se eleva ao se tratar de aparelhos pertencentes a funcionários de ambientes potencialmente colonizados por bactérias resistentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de contaminação dos aparelhos celulares dos funcionários de um bloco cirúrgico de um hospital, verificando se há diferença entre as funções destes profissionais, tais como cirurgiões, anestesistas, perfusionistas, enfermeiros e instrumentadores. Métodos: Foram colhidos swabs umedecidos em caldo enriquecedor de 50 telefones celulares de funcionários do bloco cirúrgico. Esses swabs foram encubados e semeados, tendo suas leituras sido realizadas em 24 e 48h, tendo os resultados separados de acordo com cada especialidade. Resultados: Dos 50 aparelhos celulares avaliados, 88% (44) estavam colonizados. A bactéria mais comum foi o Estafilococos coagulase-negativa, seguido do Bacillus subtillis (15,9%) e Micrococcus sp. (9,1%). Não houve diferença estatisticamente significativa do grau de contaminação entre as especialidades avaliadas. Conclusões: Assim como mostra a literatura, os telefones celulares estão contaminados por bactérias potencialmente infectantes, e por isso, medidas para regulamentar seu uso e antissepsia devem ser estipuladas pelas instituições.



Resumo Inglês:

Background and Objectives: Hospital infection has been a frequent and growing problem worldwide. To try to determine factors that might contribute to the spread of bacteria in the hospital environment is part of the control strategy of this evil. Mobile phones, which are devices present in everyday life in any environment on the planet, including health facilities, can serve as reservoirs of pathogens, and its handling might help in the spread of infection in hospitals. This concern rises when it comes appliances belonging to potentially colonized environments of employees by resistant bacteria environments. The objective of this study was to evaluate the degree of contamination of mobile phones of employees of a surgical ward of a hospital, checking for differences between the functions of these professionals, such as surgeons, anesthetists, perfusionists, nurses, and scrub nurses. Methods: We collected swabs moistened in enriching broth 50 mobile phones of employees of the surgical rooms. These swabs were hatched and sown, and his reading was held on 24 and 48 hours, with separate results according to each specialty. Results: Of 50 evaluated handsets, 88% (44) were colonized. The most common bacteria were coagulase-negative staphylococci, followed by Bacillus subtilis (15.9%) and Micrococcus sp (9.1%). There was no statistically significant difference in the degree of contamination among the evaluated specialties. Conclusion: As shown in the literature, cell phones are contaminated with potentially infectious bacteria, and therefore, measures to regulate their use and antisepsis should be stipulated by the institutions.