Objetivo Avaliar a suscetibilidade ao desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda em ratos submetidos à dieta hiperlipídica logo após o desmame. Metodologia Ratos Wistar machos recémdesmamados (50–60g) foram divididos em dois grupos experimentais: GC (n=8), ração normolipídica (3% lipídeos, 257 kcal/100 g), e GHL (n=8), dieta hiperlipídica (30% lipídeos, 381 kcal/100 g). Ao final do protocolo de 8 semanas, os animais foram eutanasiados (solução Xilazina (10 mg/Kg) e Quetamina (90 mg/Kg), i.p.) para coleta do coração e dissecção do ventrículo esquerdo (VE), que foi encaminhado às análises histológicas. Cortes transversais do VE foram corados com picrossirius, para quantificação da fração intersticial de colágeno, e hematoxilina/eosina, para medição da área da cavidade, espessura da parede do VE, e diâmetro das células musculares cardíacas.
Resultados A análise da fração intersticial de colágeno não demonstrou diferenças entre os grupos GC: (3,5±0,8%) e GHL (4,3±0,4%). Também não foram observadas diferenças quanto à área da cavidade do VE (GC: 9,3±0,7 vs. GHL: 8,6± 0,8 mm2 ) ou quanto à espessura parede do VE (GC: 29,2±0,7 vs. GHL: 28,6±1,2 mm2 ). A medida do diâmetro das células cardíacas também não foi modificada pela dieta hiperlipídica (GC: 8,4±0,3 vs. GHL: 8,0±0,2 µm). Conclusão O consumo de uma dieta hiperlipídica, após período de 8 semanas, não modificou os parâmetros morfométricos cardíacos estudados. Desta forma, a dieta hiperlipídica não aumentou a susceptibilidade dos animais em desenvolver hipertrofia ventricular esquerda