As plantas medicinais têm sido bastante utilizadas para o tratamento de várias enfermidades pelo homem. Numerosos compostos bioativos obtidos de plantas medicinais apresentam atividades antimicrobianas, antivirais, anticancerígenas, anti-inflamatórias, antioxidantes e neuromoduladoras. Entretanto, existe um número crescente de estudos científicos que comprovam a toxicidade de plantas medicinais. O fruto da Luffa operculata Cogn. é utilizado popularmente como purgante, emenogogo, expectorante e rinossinusite. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda e determinar a dose letal 50% (LD50) do extrato bruto etanólico de Luffa operculata Cogn., por via intraperitoneal em camundongos. No experimento foi utilizado camundongos albinos fêmeas Swiss (Mus Muscullus). Os animais foram divididos em grupos (n=6/grupo), e a toxicidade foi avaliada em duas etapas: preliminar e definitiva. As reações comportamentais relacionadas às doses administradas do extrato de Luffa operculata Cogn. foram taquicardia, taquipneia, movimentos estereotipados e circulares e piloereção. Após essa fase, os animais apresentaram reações depressoras envolvendo apneia e prostração. Além disso, os animais apresentaram outros comportamentos como: contorções abdominais, tônus da musculatura abdominal, espasmos e irritação da conjuntiva. O extrato de Luffa operculata Cogn. apresentou uma DL50 de 3,3 mg/Kg de peso corpóreo, sendo considerada muito tóxica. Como essa planta é largamente usada pela população para fins terapêuticos, alertamos quanto a utilização indiscriminada devido ao alto potencial tóxico.
Medicinal plants have been sed for the treatment of various diseases by man. Numerous bioactive compounds obtained from medicinal plants exhibit antimicrobial, antiviral, anticancer, anti-inflammatory, antioxidant, and neuromodulatory activities. However, the number of scientific studies proving the toxicity of medicinal plants is increasing. The fruit of Luffa operculata Cogn. it is popularly used as a purgative, emmenagogue, expectorant, and rhinosinusitis. This work aimed to evaluate the acute toxicity and determine the lethal dose of 50% (LD50) of the crude ethanolic extract of Luffa operculata Cogn., intraperitoneally. In the experiment, Swiss female albino mice (Mus Muscullus) were used. The animals were divided into groups (n=6/group), and toxicity was evaluated in two steps: preliminary and definitive. Behavioral reactions related to administered doses of Luffa operculata Cogn. were tachycardia, tachypnea, stereotyped, and circular movements and piloerection. After this phase, the animals presented depressive reactions involving apnea and prostration. In addition, the animals showed other behaviors such as abdominal contortions, abdominal muscle tone, spasms, and irritation of the conjunctiva. The extract of Luffa operculata Cogn. presented an LD50 of 3.3 mg/Kg of body weight, being considered very toxic. As this plant is widely used by the population for therapeutic purposes, we warn about its use due to its high toxic potential.
Las plantas medicinales han sido ampliamente utilizadas para el tratamiento de diversas enfermedades por parte del hombre. Numerosos compuestos bioactivos obte-nidos de plantas medicinales exhiben actividades antimicrobianas, antivirales, anticance-rígenas, antiinflamatorias, antioxidantes y neuromoduladoras. Sin embargo, hay un nú-mero creciente de estudios científicos que prueban la toxicidad de las plantas medicinales. El fruto de Luffa operculata Cogn. se utiliza popularmente como purgante, emenogogo, expectorante y rinosinusitis. Este trabajo tuvo como objetivo evaluar la toxicidad aguda y determinar la dosis letal al 50% (DL50) del extracto etanólico crudo de Luffa operculata Cogn., por vía intraperitoneal. En el experimento se utilizaron ratones albinos hembra suizos (Mus Muscullus). Los animales se dividieron en grupos (n=6/grupo) y la toxicidad se evaluó en dos etapas: preliminar y definitiva. Reacciones conductuales relacionadas con las dosis administradas de Luffa operculata Cogn. fueron taquicardia, taquipnea, mo-vimientos estereotipados y circulares y piloerección. Después de esta fase, los animales presentaron reacciones depresivas involucrando apnea y postración. Además, los anima-les mostraron otros comportamientos como: contorsiones abdominales, tono muscular abdominal, espasmos e irritación de la conjuntiva. El extracto de Luffa operculata Cogn. presentó una DL50 de 3,3 mg/Kg de peso corporal, considerándose muy tóxico. Como esta planta es muy utilizada por la población con fines terapéuticos, advertimos contra su uso indiscriminado por su alto potencial tóxico.