O ensaio busca problematizar o Símbolo como o elemento que estabelece o cortejo entre o sagrado e o secular, tanto na escritura quanto na leitura da Bíblia, ao tensionar a sua prevalecente dimensão sagrada com o seu irrecusável aspecto humanístico e literário. A fundamentação teórica recai sobre a trajetória de pesquisa do pensador francês Gilbert Durand (1921-2012) sobre o símbolo e o imaginário, bem como a denúncia que ele efetua ao que ele chama de esvaziamento simbólico do pensamento ocidental; e sobre os estudos dos críticos literários John B. Gabel, Charles B. Wheeler, Northrop Frye (1912-1991), Robert Alter e Frank Kermode (1919-2010) da relação entre a Bíblia e a literatura.
The essay seeks to problematize the Symbol as the element that establishes the flirtation between the sacred and the secular, both in scripture and in reading the Bible, by tensioning its predominantly sacred prevalence with its irrefutable humanistic and literary aspect. The theoretical foundation is based on the research path of the French thinker Gilbert Durand (1921-2012) on the symbol and the imaginary, as well as the denunciation he makes of what he calls the symbolic emptying of Western thought; and on the studies of literary critics John B. Gabel, Charles B. Wheeler, Northrop Frye (1912-1991), Robert Alter and Frank Kermode (1919-2010) about the relationship between the Bible and literature.