O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é um problema sério de saúde pública em todo o mundo, devido à s incapacidades funcionais decorrentes de lesões traumáticas. Esta revisão aborda a biomecânica do TCE, o efeito das lesões primárias e secundárias bem como a natureza das lesões focais e difusas. A gravidade do trauma é qualificada clinicamente através da escala de coma de Glasgow. O TCE apresenta uma vasta gama de caracterÃsticas referentes à sua etiologia, sua fisiopatologia e à s apresentações clÃnicas. Algumas das complicações encontradas após TCE severo incluem a epilepsia, o hematoma subdural crônico e até mesmo o hipopituitarismo, o qual é caracterizado por insuficiência parcial ou completa da secreção hormonal da hipófise anterior. Recentes estudos demonstram que a incidência do hipopituitarismo pós TCE vem sendo subestimada, pois suas manifestações clÃnicas podem ser pouco especÃficas e dependem do grau de hipopituitarismo. Neste contexto, a reposição dos hormônios deficitários melhoraria a recuperação pós-TCE, a evolução e a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, a compreensão da fisiopatologia das lesões cerebrais é importante para compreender a alta morbi-mortalidade do TCE e para aperfeiçoar estratégias de prevenção e de tratamento especÃfico para cada tipo de lesão.