Em treze de junho de 1927, por volta das 17 horas, um grupo de cangaceiros, liderados por Lampião atacou a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Mapeados desde sua entrada no território potiguar, a trajetória dos cangaceiros foi narrada pela imprensa, especialmente o jornal O Mossoroense, como uma batalha entre a civilização e a barbárie. No jornal, a veiculação de telegramas, cartas e bilhetes evidenciou o horizonte de expectativa diante do famoso bandido, bem como apresentou, detalhadamente, seus crimes e estratégias de conquista. Tomando como referência documental a produção e circulação de saberes sobre os cangaceiros em O Mossoroense, o presente artigo tem como cerne refletir sobre o papel da imprensa na monumentalização do ataque e defesa a Lampião na cidade de Mossoró.