A trilogia fílmica de Batman (2005, 2008 e 2012), por Christopher Nolan, traz ressonâncias da iconologia da Guerra ao Terror: fotos de Abu Ghraib, figuras sem rosto, especulares, múltiplas. Ecos imagéticos que aprofundam o realismo da trilogia ao mesmo tempo em que naturalizam certos dispositivos de poder – como a tortura. Assim, a coerção dos corpos por Batman se conecta à coerção da imagem: é pela força que o herói se legitima e realiza a manutenção de seu projeto para a cidade de Gotham.