O objetivo deste artigo é analisar um
importante espaço de sociabilidade e
de conflitos na sociedade mineira e
brasileira ao longo das décadas e séculos:
o boteco. Para tal fim, utilizaremos
como documentação 294 processos de
calúnia e injúria abertos em Juiz de
Fora/MG entre os anos de 1854 e 1941.
Analisaremos inicialmente os temas
mais freqüentes nesses processos para
então observarmos de que forma os insultos
trocados nesses espaços de lazer
podem revelar-nos de que maneira o
conflito e a interação se moviam juntos
nos botecos da Zona da Mata mineira.
Por último verificaremos o papel que
os donos desses estabelecimentos
desempenhavam nos momentos de
conflito e de lazer: mediadores e cobradores.