O presente estudo teve como objetivo identificar o impacto de variáveis demográficas, do clima social e coping no bem-estar no trabalho. Para abordar bem-estar foi utilizado modelo que unifica as correntes eudaimônicas e hedonistas, e foram utilizadas as escalas de bem-estar no trabalho, compostas pelos fatores: realização no trabalho, afetos positivos e negativos; clima social. Esta, por sua vez, composta pelos aspectos: inovação e desempenho, reconhecimento e autonomia, adaptada para o contexto organizacional, validada no estudo e coping, composta pelos fatores: esquiva, manejo e controle. Participaram da pesquisa 2.438 funcionários de uma organização confessional do ramo de educação, que corresponde a 58% da população. As análises de correlação e regressão demonstraram que os fatores de clima impactam no bem-estar, dentre esses, autonomia apresentou correlação positiva e de moderada a alta com bem-estar, e os fatores inovação, desempenho e reconhecimento apresentaram correlações mais fortes. Nos fatores de coping, esquiva teve resultado fraco na correlação, porém, manejo e controle tiveram resultado significativo. Concluiu-se que o clima social e as estratégias de enfrentamento do estresse impactam no bem-estar no trabalho. Apesar das contribuições, foram limitações a coleta ter sido realizada pela própria organização, e o estudo se restringir a uma organização apenas.
The current study has as its main goal to identify the influence demographic variables, social climate and coping have on work well-being. Towards this end, we used scales of work well-being composed by three factors: self-fulfillment, negative and positive affects, and social climate, all adapted to the organizational context and composed by the factors of innovation, performance, recognition, autonomy, and coping as composed by control, escape and management. A sample of 2,483 employees from a Religious educational organization took part in this research, which corresponds to 58% of the organization’s population. As observed, age and education levels positively influence the variation of work well-being. Correlation and regression analysis show that all social climate factors influence work well-being; in particular, autonomy presented a moderate to high positive correlation, and recognition with work well-being and the factors innovation and performance showed the strongest correlations. Factors of coping-appraisal focus and emotion focus had stronger impact on the results. The conclusion is that social climate and mastering coping have meaningful roles for predicting work well-being. Limitations of this paper are the fact that data were collected by the organization and the study was done in only one organization.