A preocupação com a questão da geração e adequado tratamento de resíduos industriais surgiu com o conceito de desenvolvimento sustentável a partir das discussões do chamado Clube de Roma. Esse, que surgiu em 1968, é formado por cientistas, industriais e políticos, tendo como objetivo discutir e analisar os limites do crescimento econômico, levando em conta o uso crescente dos recursos naturais (MEADOWS, 1972). O alerta do Clube de Roma contribuiu sobremaneira para o uso mais racional dos recursos naturais ao longo dos últimos 45 anos. A preocupação com a produção responsável e o uso judicioso de recursos naturais trouxe como uma prioridade a reciclagem de materiais para agenda de negócios das empresas, em especial a indústria metalúrgica. A produção secundária de metais a partir da reciclagem de sucata e resíduos do processamento industrial sempre foi uma prática rotineira na indústria metalúrgica, tornando-se atualmente numa atividade de alta relevância, vital para a sustentabilidade econômica e ambiental do negócio. Este trabalho aborda os aspectos técnicos, econômicos e ambientais da reciclagem de materiais, focando no caso do alumínio, setor no qual o Brasil é um dos países líderes alcançando a expressiva marca de 35% de metal secundário em relação ao total consumido, se tornando um exemplo a ser seguido por outras indústrias.