A epilepsia é o distúrbio neurológico crônico mais comum no mundo. O tratamento farmacológico é essencial
na maioria dos casos. Entretanto, terapias não farmacológicas, como a prática de atividade fÃsica regular,
vêm sendo estudadas para o tratamento complementar desse distúrbio. Já está bem estabelecido que
programas de atividade fÃsica promovem benefÃcios sobre a aptidão fÃsica e a saúde. Contudo, pessoas com
epilepsia frequentemente são desencorajadas a participar desses programas. Essa relutância origina-se da
proteção excessiva dos profissionais da saúde e familiares, pois existe o receio que a prática de atividade
fÃsica possa predispor os indivÃduos a lesões traumáticas ou que a fadiga resultante do esforço fÃsico possa
precipitar uma nova crise epiléptica. Evidências crescentes mostram que a prática de atividade fÃsica é benéfica
para pessoas com epilepsia, havendo poucos achados mostrando o aumento da frequência de crises ou
do risco de lesão quando a doença está farmacologicamente controlada. Portanto, o objetivo da presente revisão
é apresentar os possÃveis riscos e benefÃcios da prática de atividade fÃsica por pessoas com epilepsia.
Epilepsy is the most common chronic neurological disorder in the world. Pharmacological treatment is
essential in the majority of cases. However, nonpharmacologic therapies such as regular physical activity
have been studied in the treatment of epilepsy. It was well established that the regular physical activity
provides benefits on physical fitness and health. However, people with epilepsy are often discouraged
from participating in physical activity programs. This reluctance derived from overprotection of health’s
professionals and relatives, because there are fears that the practice of physical activity may predispose
individuals to traumatic injury or that fatigue resulting from physical effort can precipitate a seizure.
Growing evidence shows that regular physical activity is beneficial for individuals with epilepsy, with few
findings showing an increase in seizure frequency or risk of injury when the disease is pharmacologically
controlled. Therefore, the purpose of this review is to present the possible risks and benefits of regular
physical activity for people with epilepsy.