BICHAS DESTRUIDORAS MESMO: CONSTRUINDO UMA VIADA BEM AFEMINADA

Periferia

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ISSN: 19849540
Editor Chefe: Ivan Amaro e Dilton Ribeiro Couto Junior
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

BICHAS DESTRUIDORAS MESMO: CONSTRUINDO UMA VIADA BEM AFEMINADA

Ano: 2017 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: Anderson Cacilhas Santiago, Naiara Ferreira Vieira Castello, Alexsandro Rodrigues
Autor Correspondente: Anderson Cacilhas Santiago | [email protected]

Palavras-chave: gays afeminados; heteronormatividade; identidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo busca desenvolver uma discussão analítica e crítica acerca da produção da identidade afeminada, a partir de dois vídeos e um filme documentário, publicados na internet: “Gays afeminados”; “Lázaro, 22”; e “Bichas, o documentário”. Essas produções audiovisuais contestam o lugar de abjeto destinado aos gays afeminados, retomando-os como potência transformadora. Junto às teóricas e aos teóricos queer, dos estudos culturais, feministas, pós-estruturalistas e da comunicação social, neste artigo busca-se questionar o caráter ofensivo que se atribui à feminilidade nas relações estabelecidas entre as bichas e na militância LGBT e a tentativa de extinguir o que é culturalmente classificado como feminino da construção dos corpos e das identidades. Acredita-se que tais vídeos, sobretudo a partir do momento em que extrapolam o ambiente da internet e influenciam o agendamento da grande mídia, tornam-se ferramentas de transformação do modelo de dominação masculinista, inclusive do ideal de masculinidade hegemônica e da heteronormatividade afirmados pelas próprias bichas.



Resumo Inglês:

This paper seeks to develop a critical and analytical discussion on the production of the effeminate identity, using two videos and a documentary film published in the internet: ‘Gays Afeminados’ (“effeminate gay men”); ‘Lázaro, 22’; and ‘Bichas, o documentário’ (“Fairy, the documentary”). These audiovisual productions contest the abject place destined to effeminate gay men, reinstalling them as a transformative potency. Along with queer theoreticians, cultural studies, feminist studies, post-structuralism and social communication, this paper questions the offensive character attributed to femininity in the relations established between queens and in the LGBT movement, and the attempt to extinguish what is culturally labeled as feminine from the construction of the bodies and identities. Such videos, especially when they extrapolate the scope of the internet and influence mass media, become tools for the transformation of the masculine domination model, including the ideal of hegemonic masculinity and heteronormativity asserted by the queens themselves.