Com o objetivo de identificar o posicionamento dos médicos frente à terminalidade da
vida realizou-se uma pesquisa por meio de questionário, com questões abertas e fechadas,
aplicada a médicos cuja atividade envolvesse pacientes terminais. O estudo foi realizado em duas
instituições hospitalares no municÃpio de Bauru/SP. Os resultados indicaram que 70% dos médicos
participantes informam o diagnóstico verdadeiro para o paciente terminal, mas 80% não
esclarecem quanto tempo viverão. A maioria (90%) afirma adotar o suporte emocional com seus
pacientes e 70% acreditam que o cuidado paliativo melhora a qualidade de vida dos mesmos; e
apenas 50% relatam seguir esses cuidados. ConcluÃmos que o posicionamento dos médicos com
relação aos cuidados paliativos é fragmentado, envolvendo algumas dificuldades no que se refere
à terminalidade da vida, principalmente com relação aos esclarecimentos e às opções dos
pacientes, denotando a necessidade de ampliação nos debates referentes à relação entre bioética
e terminalidade da vida.