Bioética Interseccional: Uma perspectiva Latino-Americana, Decolonial e Feminista

Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais

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ISSN: 23592419
Editor Chefe: Equipe Cadernos de Campo
Início Publicação: 30/01/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Bioética Interseccional: Uma perspectiva Latino-Americana, Decolonial e Feminista

Ano: 2024 | Volume: 24 | Número: Especial
Autores: A. M. Arpini
Autor Correspondente: A. M. Arpini | [email protected]

Palavras-chave: interseccionalidade, autonomia relacional, justiça social, reconhecimento, Redistribuição

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Para uma ética social latino-americana, que assume a tensão dialética entre as condições de colonialidade e os processos de libertação, é possível incorporar problemas de reconhecimento e redistribuição como critérios bioéticos capazes de uma combinação proveitosa com os princípios de autonomia e justiça, para ampliar seus significados em termos de autonomia relacional e justiça social, possibilitando práticas transformadoras. No centro está a noção de interseccionalidade, cuja compreensão se tensiona entre dois sentidos de análise: da redistribuição ou do reconhecimento. Com esses elementos organizamos uma cartografia que nos permite avançar nas respostas sobre se a interseccionalidade é ou não funcional ao sistema naqueles espaços onde emergem dilemas bioéticos. Caso contrário: pode fornecer uma pista para avançar na transformação das desigualdades e elucidar que tipo de justiça social é reivindicado em vista da inclusão participativa? Além disso, que sombras essas formas de inclusão apresentam? Nas conclusões alertamos para não cairmos no uso meramente formalizado da noção de justiça social interseccional, apontamos a necessidade de redefinir a interseccionalidade e a autonomia relacional em termos políticos e sugerimos a sua operacionalização com base nas necessidades de espaços específicos de ação.



Resumo Inglês:

A Latin American social ethics -which assumes the dialectic tension between conditions of coloniality and processes of liberation-can incorporate problems of recognition and redistribution as bioethical criteria capable of fruitful combination with the principles of autonomy and justice, to broaden their definitions in terms of relational autonomy and social justice, thus enabling transformative practices. The notion of intersectionality is central to this endeavor, its understanding tensed between two analytical directions: redistribution and recognition. Based on these elements, a cartography is organized to seek answers about whether or not intersectionality is functional to the system in those spaces where bioethical dilemmas emerge. If it is not functional, can it provide clues to move towards the transformation of inequalities, and elucidate what kind of social justice is demanded in order to accomplish participatory inclusion? Furthermore, what shadows do these forms of inclusion cast? In the conclusions we warn against falling into the merely formalized use of the notion of intersectional social justice, we point out the need to redefine intersectionality and relational autonomy in political terms and we suggest their operationalization based on the needs of specific spaces of action.



Resumo Espanhol:

Para una ética social latinoamericana, que asume la tensión dialéctica entre condiciones de colonialidad y procesos de liberación, es posible incorporar problemas de reconocimiento y redistribución como criterios bioéticos capaces de combinación provechosacon los principios de autonomía y justicia, para ampliar sus significaciones en términos de autonomía relacional y justicia social, habilitando prácticas transformadoras. En el centro se encuentra la noción de interseccionalidad, cuya comprensión se tensiona entre dos direcciones del análisis: desde la redistribución o el reconocimiento. Con estos elementos organizamos una cartografía que permita avanzar en respuestas acerca de si la interseccionalidad resulta o no funcional al sistema en aquellos espaciosdonde emergen dilemas bioéticos; y si no lo es, ¿puede facilitar pista para avanzar en la transformación de las desigualdades?, y elucidar ¿qué tipo de justicia social se reclama en vistas a la inclusión participativa?; aún más ¿qué sombras proyectan estas formas de inclusión? En las conclusiones prevenimos acerca de caer en el uso meramente formalizado de la noción de justicia social interseccional, señalamos la necesidad de redefinir en términos políticos la interseccionalidad y la autonomía relacional ysugerimos su operacionalización en función de las necesidades de espacios de acción específicos.