Biofeedback na atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em gestantes

Revista Brasileira De Fisioterapia

Endereço:
RODOVIA WASHINGTON LUíS, KM 235 CAIXA POSTAL 676
São Carlos / SP
13565905
Site: http://www.rbf-bjpt.org.br/
Telefone: (16) 3351-8755
ISSN: 14133555
Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Biofeedback na atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em gestantes

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 5
Autores: Roberta L. A. Batista, Maira M. Franco, Luciane M. V. Naldoni, Geraldo Duarte, Anamaria S. Oliveira, Cristine H. J. Ferreira
Autor Correspondente: Roberta L. A. Batista | [email protected]

Palavras-chave: assoalho pélvico, biofeedback, eletromiografia, fisioterapia, reabilitação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contextualização: Dentre as funções dos músculos do assoalho pélvico (MAPs), pode-se citar a manutenção da continência, sendo
que sua disfunção pode causar a incontinência urinária (IU), muito frequente no período gestacional e no puerpério. Diante disso, se
faz importante o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) durante o período gestacional, entretanto grande parte das
mulheres realiza a contração dessa musculatura de maneira insatisfatória. Objetivos: Realizar uma análise exploratória dos resultados
de três sessões de biofeedback na atividade eletromiográfica em mulheres gestantes. Métodos: Este estudo incluiu 19 gestantes
nulíparas com gravidez de baixo risco. Foram realizadas três sessões de biofeedback eletromiográfico compostas por contrações
lentas e rápidas, utilizando-se como método de avaliação dos resultados as médias das amplitudes normalizadas da eletromiografia
(EMG) de superfície. Para a análise estatística, utilizou-se o modelo de regressão linear com efeitos mistos, sendo que os dados
da EMG foram normalizados pela contração voluntária máxima (CVM). Resultados: Após as sessões de biofeedback, constatou-se
um aumento crescente na amplitude eletromiográfica a cada contração realizada e a cada sessão, entretanto essa diferença só
foi estatisticamente significante para a comparação entre a primeira contração tônica de cada sessão (p=0.03). Conclusões: Os
resultados obtidos indicam que três sessões de treinamento com biofeedback melhoraram a atividade eletromiográfica dos MAPs
em gestantes de baixo risco no segundo trimestre. A efetividade do protocolo necessita ser futuramente investigada em estudo
randomizado controlado.



Resumo Inglês:

Background: Maintaining continence is among the functions of the pelvic floor muscles (PFM) and their dysfunction can cause urinary
incontinence (UI), which is a common occurrence during pregnancy and the puerperal period. Pelvic floor muscle training (PFMT),
therefore, is important during pregnancy, although most women perform the muscle contractions unsatisfactorily. Objectives: This study
is an exploratory analysis of the results of three electromyographic (EMG) activity biofeedback sessions in pregnant women. Methods:
The study sample included 19 iparous women with low risk pregnancies. The participants performed three sessions of EMG
biofeedback consisting of slow and fast contractions. The average value of the normalized amplitudes of surface electromyography
was used to evaluate the results. The linear regression model with mixed effects was used for statistical analysis, with the EMG
data normalized by maximum voluntary contraction (MVC). Results: A steady increase in EMG amplitude was observed during each
contraction and by the end of the biofeedback sessions, although this difference was only significant when comparing the first tonic
contraction of each session (p=0.03). Conclusions: The results indicate that three sessions of training with biofeedback improved PFM
EMG activity during the second trimester in women with low-risk pregnancies. The effectiveness of this protocol should be further
investigated in randomized controlled trials.