Biopolítica e produção de saúde: um outro humanismo?

Interface: Comunicação Saúde Educação

Endereço:
Departamento de Saúde Coletiva FMB UNESP Distrito de Rubião Junior, s/n
/ SP
18618-970
Site: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1414-3283&lng=pt&nrm=iso%20/%20http%3A//www.interface.org.br
Telefone: (14) 3811 6464
ISSN: 1807-5726
Editor Chefe: Antonio P. P. Cyrino
Início Publicação: 31/07/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Biopolítica e produção de saúde: um outro humanismo?

Ano: 2009 | Volume: 13 | Número: Suplemento
Autores: L. Fuganti
Autor Correspondente: L. Fuganti | [email protected]

Palavras-chave: Biopoder. Produção de saúde. Humanismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo busca problematizar em torno de iniciativas de construção de novas práticas em saúde que se querem avançadas. Inovar nas ações pode, muitas vezes, fazer com que estas mesmas ações, que se pretendem inovadoras, permaneçam reféns de pré-julgamentos. As mudanças nas práticas, e particularmente nas práticas de saúde, ao se naturalizarem no senso comum, podem alterar apenas a aparência e manter a transmissão de comandos implícitos, os quais se exprimem nas capturas que colocam a vida a serviço de tristes poderes. Indica algumas tendências que podem ajudar a esboçar um quadro no qual se componha o problema em que orbita a implementação das políticas públicas de saúde do ponto de vista da humanização. Partindo da temática da biopolítica, produção de saúde e outro humanismo, coloca a questão: até que ponto o cuidado mais humanizado pode, inversamente, mascarar um destrato com relação às forças mais nobres da vida?



Resumo Inglês:

This paper seeks to pose questions regarding initiatives for constructing the desired advances towards new healthcare practices. Innovations in actions often have the effect that such actions, which are intended to be innovative, remain hostage to prejudgement. When changes in practices, and particularly in healthcare practices, are brought into ordinary use, they may only change appearances while maintaining the transmission of implicit commands that are expressed in uptake that places life at the service of the healthcare authorities. This paper indicates some trends that may help to outline a frame within which the problem of implementation of public healthcare policies from the point of view of humanization can be reconciled. Starting from the topics of biopolitics, healthcare production and other types of humanism, the question posed concerns the extent to which healthcare that is more humanized might inversely mask an affront regarding the more noble forces of life.



Resumo Espanhol:

El artículo trata del conjunto de problemas en torno a iniciativas de construcción de nuevas prácticas en salud que se quieren avanzadas. Innovar en las acciones puede, muchas veces, hacer con que estas mismas acciones, que se pretenden innovadoras, permanezcan rehenes de prejuicios. Los cambios en las prácticas, y particularmente en las prácticas de salud, al naturalizarse en el sentido común, pueden alterar sólo la apariencia y mantener la transmisión de comandos implícitos, los cuales se expresan en las capturas que colocan la vida al servicio de tristes poderes. Indica algunas tendencias que pueden ayudar a esbozar un cuadro en el cual se componga el problema en que orbita el implemento de las políticas públicas de salud del punto de vista de la humanización. Partiendo de la temática de la bio-política, producción de salud y otro humanismo, plantea la cuestión: ¿hasta qué punto el cuidado más humanizado puede inversamente enmascarar un desprecio en relación a las fuerzas más nobles de la vida?