As indústrias têxteis devem tratar seus efluentes antes do descarte em corpos hÃdricos. Esse tratamento objetiva majoritariamente a remoção de corantes, cuja interação com o meio ambiente pode causar grandes danos a natureza. A Biossorção tem se mostrado muitas vezes uma técnica econômica e eficaz na remoção de boa parte destes corantes. Deste modo propomos aplicar como biossorvente, o Pennisetum purpureum Schumach, 1827 (Poales: Poaceae) (Capim elefante), para tratar efluentes contendo o corante Ãndigo carmim. Os ensaios de remoção do corante foram realizados nas seguintes condições: variando as temperaturas (30, 40, 60 e 100 ± 2ºC), com agitação constante de 150 rpm, pH de 5,5, utilizando 0,5 g de biossorvente, sob diferentes concentrações de corante (de 25 a 65 mg.L-1). O mecanismo de biossorção foi adequadamente descrito pelo modelo de Langmuir. A capacidade biossortiva máxima foi de 17,51 mg.g-1 de matéria seca de capim elefante. A investigação termodinâmica indicou que a biossorção é um processo favorável e espontâneo em temperaturas até 60ºC, acima disso o sistema apresentou uma redução da capacidade biossortiva. A utilização de P. purpureum Schumach., 1827 (Poales: Poaceae) como biossorvente para a remoção do corante Ãndigo carmim de efluentes têxteis se mostrou uma nova alternativa eficaz e econômica.