Bispos conservadores brasileiros no Concílio Vaticano II (1962-1965): D. Geraldo de Proença Sigaud e D. Antônio de Castro Mayer

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ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Bispos conservadores brasileiros no Concílio Vaticano II (1962-1965): D. Geraldo de Proença Sigaud e D. Antônio de Castro Mayer

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 24
Autores: Rodrigo Coppe Caldeira
Autor Correspondente: Rodrigo Coppe Caldeira | [email protected]

Palavras-chave: Bispos brasileiros, Conservadorismo católico, Concílio Vaticano II, Coetus Internationalis Patrum.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde o século XIX o catolicismo foi assinalado por uma divisão interna advinda das demandas
pastorais de como a Igreja Católica deveria se situar e responder aos novos desafios lançados
pela modernidade. Uns entendiam que ela deveria dialogar com modernidade, abrindo-se
àquelas perspectivas positivas do projeto moderno, outros negavam qualquer possibilidade de
tal diálogo, vendo nos valores modernos apenas anticristianismo e perdição, defendendo o
lançamento de anátemas aqueles que, possivelmente, se desviassem da ortodoxia. O Concílio
Vaticano II (1962-1965) pode ser compreendido como um campo de lutas simbóliconormativas,
no qual essas duas tendências colocaram-se frente a frente nos inúmeros debates.
Este artigo tem como objetivo principal apresentar brevemente a atuação de dois bispos
brasileiros conservadores no concílio: D. Antônio de Castro Mayer e D. Geraldo de Proença
Sigaud (1962-1965). Para tanto, apresentaremos algumas das principais intervenções dos bispos
na assembleia conciliar, chamando atenção para os temas em que travaram maior combate,
como liberdade religiosa, liturgia e organização hierárquica da Igreja.



Resumo Inglês:

Since the 19th century Catholicism has been marked by internal divisions arising from the pastoral
demands of how the Catholic Church should position itself and deal with the new challenges
launched by modern times. Some people understood that the Catholic Church was supposed
to evolve with modern times and open itself to new perspectives related to the modern
project. Others denied any possibility of dialogue with the modern times and believed that modern
values would encourage scepticism and anti Christianity, defending also the excommunication of
those who deviate from orthodoxy. The Second Vatican Council (1962-1965) can be understood as a
symbolic-normative battle field, in which two divergent positions are in continuous confrontation.
This article aims to briefly present the opinions of two Brazilian conservative Bishops in the
Council: D. Antônio de Castro Mayer and D. Geraldo Proença Sigaud (1962-1965). For this
purpose, the main points made by the Bishops at the Conciliar Assembly, will be outlined.
Therefore, the focus of the article will be on the more controversial themes discussed at that time,
such as religious freedom, liturgy and hierarchical Church organization.