Blanchot, levinas e a “Escritura do desastre” nas Artes Visuais contemporâneas

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ISSN: 1808-3129
Editor Chefe: Monique Vandresen
Início Publicação: 01/01/2006
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Artes

Blanchot, levinas e a “Escritura do desastre” nas Artes Visuais contemporâneas

Ano: 2010 | Volume: 5 | Número: 7
Autores: Daisy Mary da Silva Proença
Autor Correspondente: Daisy Mary da Silva Proença | [email protected]

Palavras-chave: palavra, infinito, rosto, enigma, obscuridade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A inscrição da palavra nas obras plásticas contemporâneas tem sido uma constante. Desde a década de sessenta, a palavra, inserida nas artes visuais, assume uma conotação enigmática diante da constatada perda de sua função essencial de escritura. Nas obras plásticas contemporâneas que fazem uso da palavra não podemos dizer qual é a definitiva vocação dessas palavras, ou dessa escritura. São palavras para serem lidas? Palavras para serem vistas? Investigar que palavra é essa que se apresenta anexada a outro suporte e aparentemente despossuída de sua função primordial faz parte da proposta do presente artigo. Para tanto, esta investigação pauta-se nos pensamentos de Emmanuel Levinas e Maurice Blanchot, ambos dedicados a pensar a palavra como um Infinito, conceito que abre uma possibilidade ímpar de investigar a palavra como uma escritura que se apresenta de outro modo de ser, ou como uma “escritura do desastre”, conforme declara Blanchot. Para tanto escolhemos obras de três artistas, Betânia Silveira, Claudia Telles e Rosângela Rennó, para fazer parte deste diálogo investigativo



Resumo Inglês:

The inscription of the word in contemporary plastic works has been a constant. Since the seventies the word, inserted in the visual arts, the word takes on a connotation enigmatic face of observed loss of its essential function of writing. In contemporary three-dimensional works that make use of the word can not say what the final vocation of these words or this deed. These are words to be read? Words are to be seen? Investigate what word is the one that has attached to other media and apparently dispossessed of their primary function is part of the purpose of this article. For that, we ruled this research in the thoughts of Emmanuel Levinas and Maurice Blanchot, both dedicated to the think the word as an infinity, a concept that opens a possibility to investigate this odd word as a scripture that appears to be otherwise, or as a “writing of the disaster,” as Blanchot puts us. For this we choose works of three artists, Bethania Silveira, Claudia Telles and Rosângela Rennó, to be part of this investigative dialogue.