Entre 1997 e 2001, Tartagal e General Mosconi, duas cidades desenvolvidas em função da exploração estatal de petróleo e localizadas na provincia de Salta, no noroeste da Argentina, foram cenário de conflitos sociais intensos. Dessas confrontações emergiu um novo ator social: o movimento piqueteiro. Tanto na construção do movimento quanto nos bloqueios de estradas, que era a principal forma de protesto, a presença ativa das mulheres foi fundamental. Este artigo analisa experiencias de mulheres na organização e liderança dos bloqueios de estradas, a través da interpretação de memórias elaboradas por elas durante entrevistas.