BOAVENTURA CARDOSO E O ROMANCE ANGOLANO: REVISTO E ATUALIZADO

Revista de Letras

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ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

BOAVENTURA CARDOSO E O ROMANCE ANGOLANO: REVISTO E ATUALIZADO

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 35
Autores: S. Saraiva
Autor Correspondente: S. Saraiva | [email protected]

Palavras-chave: Angola, romance, Boaventura Cardoso

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto aponta indícios de como a forma romanesca moderna, cunhada a partir da e para a cultura ocidental, passa por constantes processos de revisão e atualiza-se movida pelo projeto sócio-político-cultural das sociedades que lhe dão conteúdo. No caso de Angola, novas estratégias literárias como a conjunção deliberada entre oralidade e escrita têm sido apresentadas nos romances do escritor e político angolano Boaventura Cardoso. O artigo, por isso, irá brevemente analisar e interpretar tanto o conteúdo quanto a forma literária adotados nos seguintes romances de Cardoso: O signo do fogo (1992), Maio, mês de Maria (1997) e Mãe, materno mar (2001). Como marcos teóricos desta investigação, adotaremos da tradição europeia o pensamento de intelectuais como Bakthin (Teoria do romance) e Auerbach (Mimesis). Do lado de uma tradição produzida a partir das próprias balizas da cultura africana, recorreremos a autores como Laura Padilha e Inocência Mata, além de Rita Chaves e Tania Macêdo.



Resumo Inglês:

This text aims to indicate how novelistic form coined from and for Occidental culture would recycle and update itself in accordance with the sociopolitical-cultural project in Africans societies. In the case of Angola, new literary strategies as the deliberate combination between orality and writing have been presented in the novels of the Angolan writer and politician Boaventura Cardoso.  This paper, therefore, will briefly analyze and interpret both the content and the literary form adopted in the following Cardoso novels: O signo do fogo (1992), Maio, mês de Maria (1997), and Mãe, materno mar (2001). As theoretical frameworks of research, we adopt the thinking of intellectuals of European tradition as Bakhtin (Theory of the novel) and Auerbach (Mimesis). From the tradition produced from own marks of African culture, we resort to authors such as Laura Padilha and Inocência Mata, without forgetting Rita Chaves and Tania Macêdo.