A tragédia rodriguiana Anjo negro (1946) fora encenado pela primeira vez em 1948 no teatro fênix, no Rio de Janeiro. Passando pela censura e a interdição racista que não permitiu que Abdias do Nascimento (1914-2011) atuasse e em seu lugar Orlando Guy com blackface assume o papel do “Grande Negro”. Este artigo retoma a textualidade dramática da peça destacando a presença constante da morte e de “estilhaços” das tragédias áticas. A leitura dada prima pela teoria da gorgonopoética (Quadros, 2018) em que esses escritos da/para morte perpassam a monstruosidade, logo, Gorgó Medusa ao invés da morte heroica de Tânatos.
The tragedy rodriguiana Anjo negro (1946) was staged for the first time in 1948 at the Phoenix Theatre in Rio de Janeiro. Going through censorship and the racist interdiction that did not allow Abdias do Nascimento (1914-2011) to act on the role of the “Great Negro”. This article resumes the dramatic textuality of the piece highlighting the constant presence of death and “shrapnel” from the attic tragedies. The reading here carried out by the theory of gorgonopoética (Quadros, 2018) in which these writings from/to death permeate the monstrosity, soon Gorgó Medusa instead of the heroic death of Tantatos.