Branca, bele, bela, branca... Uma leitura intercultural de «Budapeste» de Chico Buarque

Caligrama

Endereço:
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha
Belo Horizonte / MG
31270-901
Site: http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/caligrama/index
Telefone: (31) 3409-6092
ISSN: 22383824
Editor Chefe: César Nardelli Cambraia
Início Publicação: 30/11/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Branca, bele, bela, branca... Uma leitura intercultural de «Budapeste» de Chico Buarque

Ano: 2005 | Volume: 10 | Número: 0

Palavras-chave: Chico Buarque, Budapeste, interculturalidade, interculturalidad

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O espanto do narrador com a brancura do corpo da heroína no romance Budapeste de Chico Buarque inspirou a pergunta se a diferença da cor de pele sugere uma diferença local e cultural. Uma leitura intercultural, como apresentada neste trabalho, confirmou que essa diferença marca o livro que se constrói a partir do encontro com o estranho na forma de línguas, pessoas, lugares, países estrangeiros, inclusive suas culinárias. Nesse encontro, o espelhamento do próprio transforma o “eu” narrativo em vários sujeitos e permite que o narrador, ao mesmo tempo, afirme e negue, aceite e rejeite, assuma e não assuma a autoria do texto e valores nele textualizados, entre eles sua auto-estima como pai, marido, autor anônimo, imigrante subalterno e amante da sua professora de húngaro.



Resumo Espanhol:

El espanto del narrador por la blancura del cuerpo de la heroína en la novela Budapeste de Chico Buarque inspiró la pregunta sobre si la diferencia del color de la piel sugiere una diferencia local y cultural. Una lectura intercultural, como la que se presenta en este trabajo, confirmó que esa diferencia marca el libro que se construye a partir del encuentro con lo extraño en la forma de lenguas, personas, lugares, países extranjeros, inclusive sus culinarias. En ese encuentro, el reflejo de lo propio transforma el Yo narrativo en varios sujetos y permite que el narrador, al mismo tiempo, afirme y niegue, acepte y rechace, asuma y no asuma la autoría del texto y los valores allí textualizados, entre ellos su auto-estima como padre, marido, autor anónimo, inmigrante subalterno y amante de su profesora de húngaro.