Brasilidade, encantaria e resistência o silêncio e essa “coisa de outra ordem”

Línguas e Instrumentos Linguísticos

Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Holanda - 421 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-859
Site: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil
Telefone: (19) 3521-6729
ISSN: 2674-7375
Editor Chefe: Greciely Cristina da Costa
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

Brasilidade, encantaria e resistência o silêncio e essa “coisa de outra ordem”

Ano: 2022 | Volume: 25 | Número: Especial
Autores: França, Glória, Chaves, Tyara Veriato
Autor Correspondente: França, Glória | [email protected]

Palavras-chave: Discurso, Brasilidade, Silêncio, Resistência, Poético

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fundamentando nosso olhar desde uma perspectiva discursiva que interseccione/questione discursos sustentados na colonialidade, parece-nos incontornável o conceito de silêncio elaborado por Orlandi (1992) para compor uma reflexão que busque os movimentos de dominação e as práticas de resistência em torno da brasilidade. Assim, colocamos a noção de silêncio na encruzilhada teórico-política que busca caminhos possíveis diante das marcas da colonialidade (Simas, 2019; Gonzalez [1984] 2020; Mbembe [2013] 2018). Tal gesto parece abrir os caminhos para sentidos cujas formas apontam tanto para as práticas coloniais/contemporâneas de violência, silenciamento e esquecimento, como para movimentos-outros que passam pelo encanto das cantorias, das giras, dos corpos dançantes, das brincadeiras, dos tambores, de uma brasilidade que fala em outro tom.



Resumo Inglês:

From a discursive perspective that intersects/questions discourses sustained in coloniality, it seems unavoidable to us the concept of silence elaborated by Orlandi (1992) to compose a reflection that seeks the movements of domination and the practices of resistance around brazilianness. Thus, we place the notion of silence at the theoretical-political crossroads that seeks possible paths in the face of the traces of coloniality (Simas, 2019; Gonzalez [1984] 2020; Mbembe [2013] 2018). Such a gesture seems to open the paths to meanings whose forms point both to colonial/contemporary practices of violence, silencing, and oblivion, and to other movements that pass through the enchantment of the singing, the “giras”, the dancing bodies, the games, the drums, of a brazilianness spoken in a different tone.