BRAZIL IN FACE OF THE CHINESE RISE: THE RISKS OF REGRESSIVE SPECIALIZATION

Austral

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ISSN: 22386912
Editor Chefe: Paulo Gilberto Fagundes Visentini
Início Publicação: 31/12/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciência política

BRAZIL IN FACE OF THE CHINESE RISE: THE RISKS OF REGRESSIVE SPECIALIZATION

Ano: 2012 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: André Moreira Cunha, Marcos Tadeu Caputi Lélis, Julimar da Silva Bichara, Manuela Gomes de Lima
Autor Correspondente: A. M. Cunha | [email protected]

Palavras-chave: Brazil, China, Development Strategies

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho avalia como a ascensão chinesa à condição de potência global tem afetado a América Latina em geral, e o Brasil em particular. Se aqueles que argumentam que a economia global tende a ser cada vez mais centrada no Leste Asiático e na China ao longo das próximas décadas estão corretos, deve-se questionar sobre o papel a ser reservado para os países latino-americanos. Argumenta-se, aqui, que a despeito das intenções de ajuste em seu modelo de crescimento, a reação da China à crise financeira global tem exacerbado a dependência, no curto e médio prazos, dos investimentos e exportações. Dada a recuperação lenta das economias maduras, esta estratégia tende a ampliar a pressão chinesas para o acesso a mercados mais dinâmicos, especialmente nas regiões periféricas. Neste contexto, a América Latina representa, não somente uma fonte de recursos naturais, mas um mercado de grande potencial para a absorção das manufaturas chinesas. Por decorrência, países como o Brasil, que possuem estruturas produtivas e de comércio internacional relativamente mais diversificadas tenderão a experimentar processos regressivos de especialização, o que pode gerar reações protecionistas e tensões nas relações bilaterais.



Resumo Inglês:

This paper assesses how China’s rise as a global power has affected Latin America, in general, and Brazil, in particular. If the global economy will increasingly be Asian-centered and Sino-centered in the decades to come, we must ask which role will be reserved for Latin American countries. We argue that, despite the intentions of a re-orientation in its growth model, the response of the Chinese policymakers to the international financial crisis has reinforced, at least in the short and medium terms, the dependence on exports and investments. Considering the sluggish recovery in advanced economies, that strategy is likely to amplify Chinese pressures to access dynamic domestic markets in emerging countries. In this context, Latin America represents not only a source of natural resources but an increasingly important market for absorbing the Chinese manufactured products. As a consequence, countries such as Brazil, with more diversified production and international trade structures, might experience a regressive pattern of specialization, which might trigger protectionist reactions and other tensions on bilateral relations with China.