BUDISMO NO OCIDENTE: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DAS CRÍTICAS DE SLAVOJ ZIZEK OU COMO PENSAR ALGUNS ASPECTOS DA ESPIRITUALIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Revista Brasileira de Filosofia da Religião

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ISSN: 2358-8284
Editor Chefe: CECILIA CINTRA CAVALEIRO DE MACEDO
Início Publicação: 19/09/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

BUDISMO NO OCIDENTE: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DAS CRÍTICAS DE SLAVOJ ZIZEK OU COMO PENSAR ALGUNS ASPECTOS DA ESPIRITUALIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Ano: 2016 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: ANTÔNIO C. MADALENA GENZ
Autor Correspondente: GENZ, A. C. M. | [email protected]

Palavras-chave: budismo. zizek. subjetivação. modernidade. capitalismo pós-industrial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Há 2.600 anos, Sidarta Gautama abria um novo caminho de realização espiritual. Porém, foi apenas no último século que ela atingiu plenamente o Ocidente, espalhando raízes em diversas comunidades de práticas e outras formas de aderência no mundo ocidental. O teor da doutrina segue o mesmo no que diz respeito aos objetivos preconizados por Buda: um caminho gradual de libertação, visando à realização espiritual. Sob essa condição é que falamos aqui de budismo de Zizek. Para este, o budismo se apresentaria como portador de uma atitude conservadora e reacionária. Segundo Zizek, o budismo no capitalismo pós-industrial é algo palatável, um instrumento de adaptação a esse espírito do tempo. O que liga o budismo de Buda ao budismo de Zizek? Em outras palavras, o que liga aquilo que, a partir de Buda, tem um potencial revolucionário e o que, na crítica de Zizek, é assimilado pelo status quo, de forma a se transformar em conservador? A resposta a isso não pode ser senão a meditação.



Resumo Inglês:

2,600 years ago, Siddhartha Gautama opened a new path of spiritual fulfillment. However, it was only in the last century that it has reached the West, spreading its roots in various communities of practice and other forms of adherence in the Western world. The doctrine follows the same goals proclaimed by Buddha: a gradual path of liberation, seeking spiritual fulfillment. That is how we speak here about criticism of Buddhism by Zizek. For him, Buddhism would appear to have a conservative and reactionary attitude. According to Zizek, Buddhism in post-industrial capitalism is something palatable, a tool to adapt to this Zeitgeist. Zizek's critique is directed towards a kind of "Western Buddhism", absorbed within a constellation of New Age devices that would work in the background, confirming the hegemony of world capitalism. What connects the Buddhism of Buddha to the Buddhism as understood by Zizek? In other words, what connects what has a revolutionary potential in Buddha and that, as pointed by Zizek, which is assimilated by the status quo in order to become conservative? The answer to this can only be meditation.