"Cárcere público": os estereótipos como prisão para os brasileiros no Porto, Portugal

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

"Cárcere público": os estereótipos como prisão para os brasileiros no Porto, Portugal

Ano: 2002 | Volume: 10 | Número: 19
Autores: Machado, Igor José de Renó
Autor Correspondente: Igor José de Renó Machado | [email protected]

Palavras-chave: Identidades, Estereótipos, Imigração brasileira, Pós-colonialismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O trabalho tem como objetivo entender o papel dos estereótipos na vida dos brasileiros no Porto. A principal ideia defendida é a de que os esteriótipos sobre brasileiros vigentes em Portugal atuam como uma prisão para a ação e que, constantemente submetidos as representações comuns em Portugal, os imigrantes brazucas acabam por performar papéis preestabelecidos. Estes papéis são marcados pela venda do exótico, de uma imagem mercantilizada da suposta essência brasileira. Assim, imigrantes brasileiros especializam-se na venda da "alegria" no mercado de trabalho português: trabalham como garçons e garçonetes, músicos, atendentes, dançarinos e dançarinas, prostitutas e travestis, etc. As imagens de um Brasil mulato, sensual e alegre transformam-se em uma mercadoria como outra qualquer, mas é uma mercadoria que reifica ainda mais a substância de que é feita: os estereótipos. É neste sentido que estes são considerados prisões simbólicas.