Este artigo trata do entrecruzamento de temporalidades e remapeamento do processo de ocupação urbana desenvolvido durante a criação de Cabaret Macchina - uma pós-ópera anti-edipiana da Casa Selvática. A imagem da erva daninha, esse tipo de vegetação preterida que surge entre as fendas da cidade, aparece como desdobramento poético-visual, o cabaré - linguagem do submundo, do que está abaixo da terra (underground) e na noite - emerge em praça pública, no dia a dia, a luz do sol. Para dar vazão às ramificações desta estranha vegetação, mescla-se relatos de três criadoras, mas que aqui foram reunidas como uma única conferencista, com o intuito de mover as peças, e borrar onde começaria e onde terminaria cada engrenagem dessa máquina-cabaré.