A noção de passado é comumente vista como o axioma para a produção histórica. Contudo, basta apenas uma análise mais aprofundada que podemos descobrir alguns problemas acerca de sua existência objetiva (COLLINGWOOD, 1928). Talvez a sua maior inquietação é o fato de que as realidades anteriores à nossa só são acessÃveis pelo nosso presente, isto é, apenas existem no momento em que são construÃdas (LOWENTHAL, 1998). Em tal perspectiva, como podemos pensar a reconstrução do passado frente ao advento do computador (DE CERTEAU, 2012); a interatividade (CHARTIER, 2010) e a hipercomunicação (GUMBRECHT, 2015)? Partindo de tal problemática, propomos uma análise de como a narrativa do jogo eletrônico Bioshock Infinite (2013) realiza sua (re)construção histórica sendo ambientado no século XIX, além de avaliar seu impacto e influência midiática (KELLNER, 2001).
The notion of past is usually seen as the postulate for historical production.
However, it only takes a deeper look to uncover some issues surrounding its objective
existence (COLLINGWOOD, 1982). Maybe its biggest unrest is the fact that previous
realities are only accessible through our present, that is, only exists when they’re built
(LOWENTHAL, 1998). In such perspective, how can we think about the reconstruction
of the past in the introduction of the computer (DE CERTEAU, 2012); the interactivity
(CHARTIER, 2010) and the hyper communication (GUMBRECHT, 2015)? Facing
these questions, we aim to analyze how Bioshock Infinite’s (2013) narrative performs its
historical (re)construction as it is centered around the nineteenth century, in addition to
evaluate its media impact and influence (KELLNER, 2001)