Este artigo procura levantar algumas reflexões em relação ao processo de transferência da Capital de Minas Gerais, no início do regime republicano brasileiro. Através de fontes diversificadas (artigos de jornais, cartas pessoais e oficiais e discursos parlamentares), o texto ora em tela confronta os argumentos contrários e favoráveis à retirada da sede administrativa do Estado da cidade de Ouro Preto para a que viria a ser Belo Horizonte. Destacamos, nestas páginas, o empenho do político, jornalista e historiador Diogo de Vasconcellos – contrário à mudança – em criar um discurso que fortificasse o caráter político e histórico de Ouro Preto a fim de desqualificar a propaganda “mudancista”, sobretudo na questão que se refere à caducidade do artigo 13 das Disposições Transitórias da Constituição Estadual de 1891, que garantia a transferência do centro administrativo mineiro.
This article seeks to raise some reflections on the transferring process of the capital of Minas Gerais, at the beginning of the Republican regime in Brazil. Through different sources (newspaper articles, personal and official letters, and parliament speeches), the text in question confronts arguments against and in favor of the withdrawal of the state administrative headquarters from the city of Ouro Preto to what would become Belo Horizonte. These pages highlight the efforts of the politician, journalist and historian Diogo de Vasconcellos, unfavorable about that change, to create a discourse that would enhance the political and historical features of Ouro Preto in order to disqualify the “changing” , especially in the matter referred to the expiry of the Article 13 of the Transitory Provisions of the State Constitution of 1891, which guaranteed the transfer of the administrative center of Minas Gerais.
