As doenças crônicas são vistas com olhar atento no âmbito da saúde coletiva. Classificadas como agravos à saúde com duração superior a 12 meses e que são suficientemente graves para criar algum grau de limitação de atividade. Ainda, necessitam com frequência de tratamentos longos e por tempo indefinido, com diversas oscilações de intensidade, podendo se tornar condições críticas e levar a alterações do crescimento e desenvolvimento adequados quando sua ocorrência é entre crianças. Assim, o adequado diagnóstico e tratamento durante a infância requer aspectos como organização familiar e a busca por atendimentos, processo que abarca núcleos distintos conforme a complexidade do estado do paciente e os recursos fundamentais para o tratamento, que comumente demanda uma atenção multiprofissional. As dificuldades dos serviços de atendimento de saúde no Brasil reforçam a existência de limitações quanto ao acompanhamento dos casos de doenças crônicas e as dificuldades se tornam maiores quando essa demanda ocorre em regiões que enfrentam particulares desafios no que diz respeito à mobilidade entre municípios, como no interior do Amazonas. Neste contexto, esta pesquisa tem por objetivo descrever a vivência de alunos matriculados na disciplina de Estágio em Nutrição Social, abordar aspectos da realidade observada e realizar um paralelo com as políticas públicas efetivas e demais situações relatadas na literatura. Notou-se que há na região uma elevada carência de profissionais capacitados, infraestrutura inadequada, vulnerabilidade socioeconômica e dificuldades de acesso ao sistema. Observou-se que a região estudada possui peculiaridades e dificuldades no que diz respeito à organização da rede de atenção à saúde. Mediante às falhas existentes, a estrutura da rede de atenção, organização de um fluxograma assim como discussões e direcionamento de ações fundamentadas nas legislações e políticas públicas efetivas são medidas necessárias para possibilitar melhorias desse cenário.