Este artigo objetiva analisar o impacto conflituoso da construção de Goiânia (GO) sobre antigos moradores do bairro Campinas, durante os anos 1940, 50 e 60. Historicamente, Campinas se movimentou da condição de arraial (a partir de 1810), vila e município emancipado (em 1907) para, nos anos 1930, tornar-se apenas mais um dos bairros da nova capital de Goiás. Expresso através de sentimentos ora de orgulho, ora de rivalidade, o conflito simbólico surgido entre campineiros e goianienses foi retratado por alguns escritores locais por meio de suas memórias escritas. As fases e a sequência desse processo de distúrbio da vida social na região são investigadas a partir de conceitos como drama social e liminaridade, desenvolvidos pelo antropólogo Victor Turner.
This article aims to analyze the conflicting impact of Goiânia (GO) construction upon former residents of the neighborhood Campinas, during the 1940s, 50s and 60s. Historically, Campinas moved from the condition of camp (from 1810), village and emancipated municipality (in 1907) to, in 1930s, become just a district of Goiás’ new capital. Sometimes expressed through feelings of pride and rivalry, the symbolic conflict arisen between “campineiros” and “goianienses” has been portrayed by some local writers through their memoirs. The phases and the sequence of this process of social disorder in the region are investigated based on concepts such as social drama and liminality, developed by anthropologist Victor Turner.