Capitalismo e Urbanização em uma Nova Chave

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ISSN: 19819021
Editor Chefe: Glaucio José Marafon
Início Publicação: 31/05/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Capitalismo e Urbanização em uma Nova Chave

Ano: 2010 | Volume: 2 | Número: 21
Autores: Alann J. Scott
Autor Correspondente: Alann J. Scott | [email protected]

Palavras-chave: sistema cognitivo cultural, indústrias criativas, cidade criativa, sociedade pós-industrial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os setores econômicos que lideram o capitalismo contemporâneo, suas tecnologias,
suas relações de trabalho e a estrutura de seus mercados, caracterizam as dimensões da
atual economia cognitiva cultural. Esta economia marca a sua presença,
particularmente, nas grandes regiões-cidade. Inovação contínua na produção, o que
significa alta capacidade criativa é um aspecto desta economia que deu margem a
conceitos como indústrias criativas e cidades criativas. A noção de uma economia
cognitiva cultural introduz o fato de que os processos de trabalho passam a depender
cada vez mais de ativos intelectuais e afetivos humanos. Embora tal processo esteja
apagando a antiga clássica separação fordista de setores, por colarinhos brancos e
colarinhos azuis, no entanto o novo quadro continua apresentando as fortes
desigualdades entre um andar de cima e um andar de baixo da classe trabalhadora. E
que rebate sobre as estruturas urbanas.
Nem a instalação de setores de população de alto nível cognitivo cultural substitui,
como querem alguns, o conceito de classe fundado na relação capital/trabalho e de seus
interesses frente à apropriação do excedente; nem o simples aumento de atividades
cognitivo culturais numa cidade garante um processo de causação circular de
desenvolvimento econômico. O motor do crescimento continua sendo o aparato
complexo de produção, uma rede de atividades industriais e de serviços interrelacionadas
e articuladas a mercados finais os mais numeroso. Quanto á desigualdade
social, que tem acentuado fragmentações sociais e urbanas é urgente o re-engajamento
por princípios de equidade, no contexto de uma consciência de social democracia e de
gestão participativa. Não apenas porque são justos em si mesmos, mas, também, porque
alargam a esfera da criatividades, aprendizagem, inovação, experimentação social e
expressão cultural.



Resumo Inglês:

The cognitive-cultural dimensions of contemporary are identified by reference to its
leading sectors, basic technologies, labor relations systems and market structures.
Cognitive-cultural systems of production and work come to ground preeminently in
large city regions. The expansion of sectors that thrive on innovation is one of the
features of the new economy that introduces concepts as creative industries and creative
cities. The notion of a cognitive-cultural economy refers above all to the circumstance
that labor have come do depend on intellectual and affective human assets. While the
old white color/blue color principle of classical Fordism was deeply modified by the
new economy, the new labor force is still divided in two tiers, with large wage and
cultural inequalities between the upper and the lower parts of the working class. These
differences reflect on the fragmented urban structures. Neither the proposition of a creative class, made by some authors can replace the
classical concept of class based on interests clash between capital and work in claims on
the economic surplus. Nor a simple increase of a creative population in a city will
guarantee a continuous growth. The primary engine of this process is a complex
apparatus of production, a network or interrelated industrial and service activities and
tied to widening final markets. For transcendence of social and urban fragmentation and
inequality it is urgent a re-engagement for equity principles, for participatory democracy
and for a conscientious program of social democracy. Not just because they are
important in their own right – but also because they enlarge the sphere of creativity,
learning, innovation, social experimentation and cultural expression.