CAPITALISMO GORE NO BRASIL: ENTRE FARMACOPORNOGRAFIA E NECROPOLÍTICA, O GOLDEN SHOWER E A CONTINÊNCIA DE BOLSONARO

Sociologias Plurais

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ISSN: 23169249
Editor Chefe: Patricia dos Santos Dotti do Prado
Início Publicação: 05/10/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

CAPITALISMO GORE NO BRASIL: ENTRE FARMACOPORNOGRAFIA E NECROPOLÍTICA, O GOLDEN SHOWER E A CONTINÊNCIA DE BOLSONARO

Ano: 2019 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Ribamar José de Oliveira Junior
Autor Correspondente: Ribamar José de Oliveira Junior | [email protected]

Palavras-chave: Capitalismo Gore; Gênero e Sexualidades; Violência; Bolsonaro.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste texto, busco utilizar o conceito de capitalismo gore para pensar a violência de gênero no cenário político após a posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 2019, no Brasil. Acredito que o mandato do Presidente, em relação à violência decorativa e às estratégias de biomercado, pode exacerbar, por meio da tentativa de acompanhar as lógicas neoliberais, práticas gore na política brasileira, principalmente, no contexto da legitimidade da violência de gênero a partir do argumento ideológico da moral. Nesse sentido, procuro perceber nuances entre o regime farmacopornográfico e a necropolítica a partir de uma coreografia do modelo masculinista de Estado. O golden shower pode ter sido o efeito placebo de uma possível era pós-sexual, ainda não iniciada, tida como um efeito secundário da indústria farmacopornográfica. O conservadorismo do seu mandato sintoniza com as normativas do regime sexual disciplinar do século XIX, ou seja, parece que ele ainda não sabe que a invenção da Pílula e a masturbação se tornaram uma fonte de produção de capital. Enquanto isso, Bolsonaro parece operar na via utópica mais próxima de uma “Disney heterossexual-land”.



Resumo Espanhol:

En este texto, busco utilizar el concepto de capitalismo gore para pensar la violencia de género en el escenario político tras la posesión de Jair Bolsonaro (PSL), en 2019, en Brasil. Creo que el mandato del Presidente, en relación a la violencia decorativa y las estrategias de biomecado, puede exacerbar, a través del intento de acompañar las lógicas neoliberales, prácticas gore en la política brasileña, principalmente, en el contexto de la legitimidad de la violencia de género a partir del argumento ideológico de la moral. En ese sentido, procuro percibir matices entre el régimen farmacopornográfico y la necropolítica a partir de una coreografía del modelo masculinista de Estado. El golden shower puede haber sido el efecto placebo de una posible era post-sexual, aún no iniciada, considerada como un efecto secundario de la industria farmacopornográfica. El conservadurismo de su mandato sintoniza con las normativas del régimen sexual disciplinario del siglo XIX, o sea, parece que todavía no sabe que la invención de la píldora y la masturbación se convirtieron en una fuente de producción de capital. Mientras tanto, Bolsonaro parece operar en la vía utópicas más cercana a una "Disney heterosexual-land".