Objetivos: Determinar os fatores sociodemográficos, clÃnicos, funcionais e psicológicos associados à restrição de atividades por medo de
cair em idosos comunitários e identificar quais variáveis melhor discriminam os grupos em relação à restrição de atividades por medo de
cair. Métodos: Cento e treze idosos comunitários (74,5±7 anos) participaram do estudo. Foram avaliados: restrição de atividades por medo
de cair, história de quedas, autoeficácia relacionada à s quedas, fenótipo de fragilidade, aspectos sociodemográficos e clÃnicos, capacidade
funcional, depressão e autopercepção de saúde. EstatÃsticas descritivas, teste qui-quadrado, ANOVA e o teste Kruskal-Wallis foram utilizados
para analisar as relações entre a restrição de atividades por medo de cair e as outras variáveis. O método Chi-Square Automatic Interaction
Detection (CHAID) foi utilizado para verificar quais variáveis melhor discriminavam os grupos em relação à restrição de atividades (α=0,05).
Resultados: Idosos que relataram restrição de atividades por medo de cair apresentaram maior autorrelato de depressão (p=0,038),
menor autoeficácia em relação à s quedas (p<0,001), menor velocidade de marcha (p=0,043) e nÃvel de independência para realização de
atividades instrumentais de vida diária (p=0,017), maior número de doenças (p=0,048), pior autopercepção de saúde (p=0,040) e maior
presença de sintomatologia depressiva (p=0,023). As variáveis que melhor discriminaram os grupos foram depressão (p=0,004), exaustão
(fenótipo de fragilidade) (p=0,010) e participação em atividades sociais (p=0,016). Conclusão: A restrição de atividades por medo de cair
pode ter efeitos negativos na capacidade funcional e nos aspectos psicológicos de idosos comunitários. Fatores psicossociais parecem
discriminar melhor os idosos que apresentam restrição de atividades por medo de cair.
Objectives: The aim of this study was to determine the social-demographic, clinical, functional and psychological factors associated to
activity restriction due to fear of falling in community-dwelling elderly and identify which variables best discriminate groups of elderly with
different levels of activity restriction and fear of falling. Methods: One hundred and thirteen community-dwelling elderly (74.5±7 years old)
participated in the study. Activity restriction induced by fear of falling, previous falls, fall related self-efficacy, frailty phenotype, functional
capacity, depressive symptoms, health self-perception, socio-demographic and clinical factors were assessed. Descriptive statistics, chisquare,
ANOVA and Kruskal Wallis tests were used to analyze the associations between activity restriction due to fear of falling and all other
variables. Path analysis (CHAID) method was used to verify which variables better discriminated groups in relation to activity restriction
(α=0.05). Results: The participants who reported fear of falling and activity restriction demonstrated higher depression (p=0.038), lower
fall related self-efficacy (p<0.001), lower gait velocity (p=0.043) and independence level for instrumental daily living activities (p=0.017),
higher number of diseases (p=0.048), worse health self-perception (p=0.040) and more depressive symptom (p=0.023). The best
variables to discriminate groups were depression (p=0.004), exhaustion (frailty phenotype) (p=0.010) and social participation activities
(p=0.016). Conclusion: Activity restriction due to fear of falling may have negative effects on functional capacity and psychological aspects
in community-dwelling elderly. Psychosocial factors seem to better discriminate the elderly who avoid activities due to fear of falling.