Características da violência sexual sofrida por crianças assistidas por um programa de apoio

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ISSN: 2175-6783
Editor Chefe: Ana Fatima Carvalho Fernandes
Início Publicação: 10/01/2000
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Características da violência sexual sofrida por crianças assistidas por um programa de apoio

Ano: 2010 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: K. L. Vasconcelos, A. G. Ferreira, E. N. Oliveira, D. D. Siqueira, P. N. C. Pinheiro
Autor Correspondente: K. L. Vasconcelos | [email protected]

Palavras-chave: Enfermagem; Maus-tratos Sexuais Infantis; Violência Doméstica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No Brasil, as estatísticas da violência sexual contra crianças estão longe de espelhar a realidade atual, em face da subnotificação dos casos. Este estudo objetivou caracterizar a violência sexual sofrida por crianças assistidas pelo Programa Sentinela e o perfil do agressor em Sobral – Ceará, no período de 2002 a 2006. A amostra não probabilística intencional foi composta por 50 vítimas de abuso sexual e, destas, 66% são do sexo feminino, com predominância da faixa etária entre 8 e 12 anos incompletos, (58%); em 36% dos casos os pais são separados, e a mãe é a principal responsável pela família (62%). A maioria dos agressores é do sexo masculino (78%). No ambiente extrafamiliar estes são conhecidos ou amigos da família (14%); no ambiente intrafamiliar o padrasto está identificado como o agressor mais frequente (18%). Os dados salientam características similares à de outros estudos, definindo certa padronização deste tipo de violência.



Resumo Inglês:

In Brazil, statistics of sexual violence against children are far from showing the current reality in face of underreported cases. This study had the objective of characterizing sexual violence, suffered by children assisted by the Program Sentinela and the profi le of the aggressor in Sobral – Ceará from 2002 to 2006. The non intentional probabilistic sample was composed by 50 victims of sexual abuse and out of those, 66% are female, being the dominant age group of about 8 to 12 years old, (58%); in 36% of the cases the parents are separated and the mother is responsible for the family (62%). Most of the aggressors are male (78%). In the environment outside the family the aggressors are acquaintances or family friends (14%), inside the family environment the stepfather is identifi ed as the most frequent aggressor (18%). The data highlight characteristics which are similar to other studies, defi ning a certain pattern of this type of violence.