Estudo transversal realizado com 44 mulheres, no perÃodo de agosto a novembro de 2008, com o objetivo de descrever e comparar as caracterÃsticas de abortamentos de mulheres atendidas em uma instituição hospitalar filantrópica de Caratinga-MG. Os dados foram coletados por meio de um formulário e, para a análise, utilizou-se o teste “t†de Student e o teste ï£2 ao nÃvel de 5% de significância. Os resultados mostraram que a maioria das mulheres era jovem, não branca, católica, com companheiro e do lar. Metade delas não usava nenhum método contraceptivo, 19 (43,18%) haviam engravidado apenas uma vez e 33 (75%) não haviam apresentado nenhum aborto anterior. Do total, 38 (86,36%) informaram que desejaram a gravidez, porém apenas 17 (38,64%) a planejaram. O sintoma mais frequente que as levou a procurar atendimento foi o sangramento vaginal. A média da idade gestacional foi de 9,27 semanas e a curetagem foi o tratamento realizado em 95,45%. Não houve relação entre o tempo de internação e o procedimento realizado, entre o uso de antibiótico e sinais de infecção e entre a idade gestacional e o procedimento realizado. Houve relação entre o inÃcio dos sintomas e a procura pelo primeiro atendimento, entre a complicação e o procedimento realizado e entre o uso de antibiótico e complicações. Conclui-se que existe necessidade de investigar e conhecer mais sobre as mulheres que procuram os serviços de saúde para tratamento do abortamento e adequar os tipos de tratamento disponÃveis, com o objetivo de atender com qualidade a mulher, diminuir risco de complicações e custo assistencial.