Caracterização da rede de apoio psicossocial dos pacientes soropositivos

Archives of Health Sciences

Endereço:
Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 Vila São Pedro
São José do Rio Preto / SP
15090-000
Site: http://cienciasdasaude.famerp.br
Telefone: (17) 3201-5708
ISSN: 23183691
Editor Chefe: Orfa Yineth Galvis-Alonso
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Caracterização da rede de apoio psicossocial dos pacientes soropositivos

Ano: 2019 | Volume: 26 | Número: 2
Autores: Fernanda Lavezzo, Gabriela Moreira de Freitas, Débora Grigolette Rodrigues, Melissa Maia Braz
Autor Correspondente: Fernanda Lavezzo | [email protected]

Palavras-chave: HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Hospitalização; Apoio social.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

 

Introdução: Os avanços nas políticas de saúde ainda não são suficientes para interromper a disseminação do HIV/AIDS, seus episódios de instabilidade, agudização e desfechos desfavoráveis, tais como hospitalizações e óbitos. Nesse sentido, é essencial garantir, promover e operacionalizar cuidados ampliados em saúde, e integrados entre seus setores e atores, em especial as redes sociais de apoio e suporte. Objetivo: Caracterizar a rede social de apoio de pacientes soropositivos hospitalizados. Métodos: Participaram deste estudo seis acompanhantes pertencentes a rede de apoio do paciente internado na Enfermaria de Infectologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, entre os meses de agosto e dezembro de 2018. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Anamnese; Clinical Interview Schedule – Revised (CIS-R) e Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit. Resultados: Acompanhantes do sexo feminino (50%) e masculino (50%), média de idade 46 ± 17,16. A vinculação predominante foi a fraterna (33%). Dos seis participantes, quatro (67%) foram classificados como “casos” (≥11); destes, 50% foram descritos com distúrbio emocional clinicamente significante leve, 25% com distúrbio emocional subclínico leve e 25% com distúrbio psiquiátrico moderado. Ademais, todos (100%) verbalizaram reações negativas diante da descoberta do diagnóstico, bem como não apresentaram percepção de sobrecarga. Conclusão: A rede de apoio aos pacientes soropositivos foi formada por uma proporção similar de homens e mulheres de meia-idade, com escolaridade média e vínculo fraterno. Nesta rede predominou a ausência de acompanhamentos psicológico e psiquiátrico prévios, a verbalização de reações negativas frente a descoberta do diagnóstico, a não percepção de sobrecarga e o relato de repercussões negativas frente ao cuidar. Por tanto, é necessária a implementação de suporte psicológico e psicoeducação para melhorar a qualidade de vida desta população.