Caracterização do atendimento de crianças pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU)

Revista Terra & Cultura

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ISSN: 0104-8112
Editor Chefe: Leandro Henrique Magalhães
Início Publicação: 01/09/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Caracterização do atendimento de crianças pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU)

Ano: 2021 | Volume: 37 | Número: Especial
Autores: Débora Caroline Dias dos Santos, Melissa Nacamoto Reche, Erika Fernanda dos Santos Bezerra Ludwig, Milena Torres Guilhem Lago, Nataly Tsumura Inocencio Soares, Caroline Tolentino Sanches
Autor Correspondente: Débora Caroline Dias dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: criança, emergências, serviços médicos de emergência, enfermagem.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Caracterizar o atendimento de crianças pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Londrina. Método: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo de abordagem quantitativa e os dados foram obtidos por meio da análise documental dos Relatórios de Atendimento do Socorrista, disponibilizados pela base central de regulação médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Regional de Londrina. A amostra foi composta pelos atendimentos de crianças realizados no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2018, sendo excluídos da pesquisa, pacientes que apresentaram idade igual ou superior a 12 anos, atendimentos realizados em outro município e fichas que não continham informações obrigatórias. Resultados: foram incluídos 1.273 atendimentos no ano de 2018, sendo o maior número de ocorrências no mês de Junho (12,6%). Na terça-feira (17,5%) e no período da tarde (32,6%) o serviço foi mais solicitado. Entre os pacientes atendidos, 53,5% eram do sexo masculino e a maioria lactente (49,2%). Em relação ao motivo de solicitação do serviço, 69,7% foi para transferência, enquanto 25,5% por causas clínicas e 4,9% por traumas. Além disso, 68,7% dos atendimentos foram realizados pela equipe de Suporte Básico de Vida (SBV), enquanto 30,2% pelo Suporte Avançado de Vida (SAV) e 1% pelos dois serviços em apoio (SBV+SAV). As condutas mais realizadas foram: oxigenoterapia não invasiva (5%), medicação (3,1%) e acesso venoso (2,3%). Quanto aos principais desfechos dos atendimentos, 92,1% foram encaminhados para outro serviço, 2,7% liberados no local e 0,3% resultou em óbito. Conclusões: As transferências foram o principal motivo de atendimento de crianças pelo SAMU, evidenciando que muitas vezes o serviço é utilizado como transporte inter-hospitalar e não como atendimento pré-hospitalar.



Resumo Inglês:

Objective: To characterize the care provided to children by the Mobile Emergency Care Service (SAMU) in Londrina. Method: This is a cross-sectional, retrospective study with a quantitative approach. Data were obtained through documentary analysis of the Emergency Care Reports, made available by the central medical regulation database of the Regional Mobile Emergency Care Service of Londrina. The sample consisted of care provided to children from January 1 to December 31, 2018. Patients aged 12 years or older, care provided in another municipality, and forms that did not contain mandatory information were excluded from the study. Results: 1,273 care provided in 2018 were included, with the highest number of occurrences in June (12.6%). The service was most requested on Tuesdays (17.5%) and in the afternoon (32.6%). Among the patients treated, 53.5% were male and the majority were infants (49.2%). Regarding the reason for requesting the service, 69.7% were for transfer, while 25.5% were for clinical causes and 4.9% for trauma. In addition, 68.7% of the care was provided by the Basic Life Support (BLS) team, while 30.2% by Advanced Life Support (ALS) and 1% by both support services (BLS+ALS). The most performed procedures were: non-invasive oxygen therapy (5%), medication (3.1%) and venous access (2.3%). Regarding the main outcomes of the care, 92.1% were referred to another service, 2.7% were released on site and 0.3% resulted in death. Conclusions: Transfers were the main reason for children being treated by SAMU, showing that the service is often used for inter-hospital transport and not for pre-hospital care.