OBJETIVO:
Realizar uma revisão da literatura sobre a relação das cardiopatias congênitas com anormalidades cromossômicas detectadas por meio do exame de cariótipo.
FONTES DE DADOS:
Pesquisaram-se artigos cientÃficos no portal MEDLINE, utilizando-se os descritores "karyotype" OR "chromosomal" OR "chromosome" AND "heart defects, congenital". A pesquisa limitou-se a artigos publicados em inglês a partir da década de 1980.
SÃNTESE DOS DADOS:
As cardiopatias congênitas são um grupo de lesões etiologicamente heterogêneo e pouco compreendido. Vários pesquisadores avaliaram a presença de anormalidades cromossômicas detectadas pelo exame de cariótipo em pacientes portadores de cardiopatia congênita. Porém, a maioria dos artigos era composta de trabalhos retrospectivos desenvolvidos na Europa, nos quais nem todos os pacientes foram submetidos à avaliação cariotÃpica. Nesta revisão, encontrou-se apenas um estudo desenvolvido na América Latina, no Brasil. Sabe-se que anormalidades cromossômicas são frequentes, estando presentes em cerca de um em cada dez pacientes com cardiopatia congênita. Dentre as alterações observadas, destaca-se a trissomia do cromossomo 21 (sÃndrome de Down). Esses pacientes frequentemente apresentam malformações extracardÃacas associadas e risco maior de morbidade e mortalidade, tornando a cirurgia cardÃaca ainda mais arriscada.
CONCLUSÕES:
Apesar de todos os avanços ocorridos nas últimas décadas na área da citogenética, o exame de cariótipo continua sendo uma ferramenta fundamental para se avaliarem pacientes com cardiopatia congênita. O exame fÃsico dismorfológico minucioso é de grande importância para indicar a realização do cariótipo.