Contextualização:A expatriação corporativa tornou-se uma prática recorrente em firmas prestadoras de serviços globais, visto que essas organizações demandam um perfil de profissional alinhado aos seus objetivos de internacionalização. Entretanto, há ainda uma escassez na literatura nacional sobre expatriação de mulheres em firmas de auditoria externa, uma área de atuação reconhecidamente marcada pelo fenômeno do teto de vidro. Assim, parte-se da premissa de que as auditoras independentes brasileiras têm de empreender estratégias diferenciadas para superar a desigualdade no acesso às oportunidades de expatriação proporcionadas pela firma, determinantes para sua ascensão de carreira.Objetivo:Pretende-se examinar as estratégias de internacionalização de carreira de cinco auditoras seniores brasileiras.Método:Trata-se de um estudo qualitativo exploratório que coletou dados por meio de entrevistas narrativas remotas, cujas transcrições foram analisadas conforme Creswell e Poth (2018).Resultados:São empreendidas tanto as estratégias de natureza ativa, como socialização e fortalecimento de competências técnicas, quanto as de natureza passiva, tais quais abandono da carreira e expatriação autoiniciada.Conclusões:O caráter essencialmente masculinizado da profissão do auditor independente exerce um papel negativo sobre o capital de identidade das mulheres, não obstante permita um crescimento acelerado do seu capital de carreira como elemento compensatório.
Background:Corporate expatriation has become a recurrent practice in global service firms, as these organizations increasingly demand professionalsaligned with their internationalization goals. However, there is still a scarcity in the national literature regarding women's expatriation in external audit firms, a field of activity admittedly marked by the glass ceiling phenomenon. Hence, we depart from the premise that Brazilian independent auditors must undertake distinctive strategies to overcome the unequal access to expatriation opportunities provided by the firm, which determinetheir career progression.Purpose:The aim is to examine the career internationalization strategies of five Brazilian senior auditors.Method:This exploratory qualitative studycollected data through remote narrative interviews, whose transcripts were analyzed according to Creswell and Poth (2018).Results:Both active and passive strategies are undertaken. Active strategies included socialization and the strengthening of technical skills. The passive ones included career withdrawal and self-initiated expatriation.Conclusions:The essentially masculinized nature of the independent auditor profession plays a negative role in women's identity capital, despite allowing for accelerated career capital growth as a compensatory element.
Contextualización:La expatriación corporativa se ha convertido en una práctica recurrente en las empresas que prestan servicios globales, ya que estas organizaciones demandan un perfil profesional acorde con sus objetivos de internacionalización. Sin embargo, sigue siendo escasa la literatura nacional sobre la expatriación de mujeres en empresas de auditoría externa, un área de actividad reconocida por el fenómeno del techo de cristal. Por lo tanto, partimos de la premisa de que las auditoras independientes brasileñas tienen que emprender estrategias diferenciadas para superar la desigualdad en el acceso a las oportunidades de expatriación proporcionadas por la empresa, que son decisivas para su progresión de carrera.Objetivo:El objetivo es examinar las estrategias de internacionalización de la carrera de cinco auditoras senior brasileñas.Método:Se trata de un estudio cualitativo exploratorio que recogió datos mediante entrevistas narrativas a distancia, cuyas transcripciones se analizaron según Creswell y Poth (2018).Resultados:Se emplearon tanto estrategias activas, como la socialización y el refuerzo de las competencias técnicas, como estrategias pasivas, como el abandono de la carrera y la expatriación por iniciativa propia.Conclusiones:La naturaleza esencialmente masculinizada de la profesión de auditor independiente desempeña un papel negativo en el capital de identidad de las mujeres, aunque permite un crecimiento acelerado de su capital de carrera como elemento compensatorio.
