Este artigo apresenta uma possÃvel, mas controversa caracterização de dois perÃodos na obra de Rudolf Carnap: fundacionalismo e antifundacionalismo. Sustentarei que mesmo diante da identificação de dois perÃodos, é possÃvel argumentar em favor da unidade da obra de Carnap no que se refere à unidade da ciência e ao princÃpio de tolerância linguÃstica. Para isso, contarei com a análise de algumas teses revisionistas defendidas por Friedman e Uebel. Desta forma pretendo contribuir para uma discussão que, a partir da segunda metade do século xx, parecia ter sido superada, mas que, no final desse mesmo século é retomada devido a importância de temas como o da unidade da ciência, da observabilidade e da interpretação da linguagem cientÃfica, para a filosofia da ciência.
This paper presents a possible but controversial characterization of two periods in Rudolf Carnap’s work: foundationalism and anti-foundationalism. I will argue that even with the identification of two periods, it is possible to argue in favor of the unity of Carnap’s work concerning the unity of science and the principle of linguistic tolerance. To do so, I will count on the analysis of some revisionist views advocated by Friedman and Uebel. Therefore I intend to contribute to a discussion that, since the second half of the twentieth century, seemed to have been overcome, but that, at the end of that century is resumed due to the importance of issues such as the unity of science, observability and interpretation of the scientific language for the philosophy of science.