CARTAS VERDE-AMARELAS: NACIONALISMO E UNIVERSALISMO NO DISCURSO EPISTOLAR DE MÁRIO DE ANDRADE E CARLOS DRUMMOND

REVISTA DE LETRAS NORTE@MENTOS

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ISSN: 19838018
Editor Chefe: Jesuino Arvelino Pinto e Neusa Inês Philippsen
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

CARTAS VERDE-AMARELAS: NACIONALISMO E UNIVERSALISMO NO DISCURSO EPISTOLAR DE MÁRIO DE ANDRADE E CARLOS DRUMMOND

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 24
Autores: M. R. B. Bettiol
Autor Correspondente: M. R. B. Bettiol | [email protected]

Palavras-chave: cartas, nacionalismo, universalismo, interpretação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante o seu produtivo diálogo epistolar com o poeta Carlos Drummond, observamos que Mário de Andrade defendeu um tipo de interpretação da Literatura Brasileira diferente do que se preconizava no início do século XX. Em outras palavras, enquanto Drummond vivia num dilema entre produzir uma literatura “dita nacional” que privilegiasse apenas os aspectos locais ou seguir um modelo de Literatura Brasileira inspirado em outras literaturas estrangeiras “ditas universais”, Mário defendia o que ele denominou de “nacionalismo universalista” que não se limitava apenas em imitar de forma acrítica outras literaturas estrangeiras, mas adequá-las à nossa realidade cultural. Para Mário, o “abrasileirar” a nossa literatura significava também enriquecê-la com o contributo estrangeiro procurando transformá-lo de forma consciente e criativa.



Resumo Inglês:

During his productive epistolary dialogue with the poet Carlos Drummond, we can observe that Mario de Andrade upheld a kind of interpretation of Brazilian literature that was different from that one advocated in the early twentieth century. In other words, Drummond lived in a dilemma between producing a "said national" literature that would favor only local aspects and following a model of Brazilian Literature inspired by other foreign literatures "said universal". Mario, on the other hand, upheld what he called "universalist nationalism" that was not limited only to uncritically imitate other foreign literatures but also adapted them to our cultural reality. For Mario, "Brazilianizing" our literature also meant enriching it with foreign contribution, trying to transform it consciously and creatively.