A cartografia como método para as ciências humanas e sociais

Barbarói

Endereço:
Avenida Independência 2293 - Universitário
Santa Cruz do Sul / RS
96815-900
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/index
Telefone: (51) 3717-7369
ISSN: 1982-2022
Editor Chefe: Marco Andre Cadoná
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A cartografia como método para as ciências humanas e sociais

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: 38
Autores: Kleber Prado Filho, Marcela Montalvão Teti
Autor Correspondente: Kleber Prado Filho | [email protected]

Palavras-chave: Cartografia, dispositivo, heterotopias

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo busca recolher num diálogo entre Foucault e Deleuze elementos metodológicos
que possibilitem realizar uma cartografia social. Não se trata aqui de “sistematizar o método
cartográfico”, mas de reunir apontamentos e indicações nesse diálogo, que sirvam de suporte
para análises críticas, estudos e pesquisas, ao mesmo tempo em que sirvam como
instrumentos de resistência. Diferentemente da cartografia tradicional, que traça mapas de
territórios, relevo e distribuição populacional, uma cartografia social faz diagramas de
relações, enfrentamentos e cruzamentos entre forças, agenciamentos, jogos de verdade,
enunciações, jogos de objetivação e subjetivação, produções e estetizações de si mesmo,
práticas de resistência e liberdade. Como método presta-se à análise e desmontagem de
dispositivos, ação que consiste em desemaranhar suas enredadas linhas, além de
instrumentalizar a resistência aos seus modos de objetivação e subjetivação. Tal como
proposta por Foucault e Deleuze, a análise cartográfica configura-se como instrumento para
uma história do presente, possibilitando a crítica do nosso tempo e daquilo que somos.



Resumo Inglês:

This article seeks to collect a dialogue between Foucault and Deleuze methods that will allow
to perform a social cartography. This is not to "the systematic mapping method", but to gather
notes and information in this dialogue, which serve as support for critical analysis, studies and
research while serving as instruments of resistance. Unlike traditional cartography, which
traces territories maps, topography and population distribution, social cartography is a
relationship diagrams, and crosses between fighting forces, funding, games of truth,
utterances games, objectivity and subjectivity, self-productions and self-estetizations,
practices of resistance and freedom. As a method lends itself to analysis and removal of
devices, an action that is to unravel their tangled lines, and resistance to equip their modes
of objectification and subjectification.As proposed by Foucault and Deleuze cartographic
analysis appears as an instrument of this story, allowing criticism of our time and what we
are.