Este trabalho apresenta o abrigo como entidade de atendimento à criança, situando-o na trajetória histórica de atenção à infância no Brasil; remete esse modelo institucional ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990) e analisa a rotina de atendimento dos abrigos no Brasil, com ênfase na dicotomia existente entre as exigências do Estatuto e o padrão predominante, bem como nas suas conseqüências sobre a identidade e o processo de socialização do público alvo.