No presente artigo pretendemos discutir as relações socioespaciais constituídas no âmbito do Sistema Integrado de Transportes de Fortaleza (SIT-FOR). Para fazê-lo, lançamos mão da categoria trabalho, compreendendo em uma perspectiva marxista que é a partir das relações de trabalho que mulheres e homens mediam sua relação com os demais elementos da natureza e se constituem como seres sociais. Nesse sentido, ao desvelar os papéis que o sistema de transporte cumpre nas cidades, como de assegurar a mobilidade da classe trabalhadora em direção aos locais de trabalho, não podemos deixar de perceber que também as contradições de classe engendradas no conflito entre motoristas de ônibus, cobradores e empresários do setor fazem parte do processo de (re)produção do espaço urbano em cidades como Fortaleza.
In this article, we intend to discuss the sociospatial relations established within the scope of the Integrated Transport System of Fortaleza (SIT-FOR). In order to do this, we use the category of work, understanding in a Marxist perspective that it is based on labor relations that women and men mediate their relationship with other elements of nature and constitute themselves as social beings. In this sense, in unveiling the roles that the transport system plays in cities, as in ensuring the mobility of the working class towards workplaces, we cannot fail to realize that also the class contradictions engendered in the conflict between bus drivers, collectors and businessmen in the sector are part of the process of (re) producing urban space in cities like Fortaleza.
En este artículo, tenemos la intención de discutir las relaciones socioespaciales establecidas dentro del alcance del Sistema Integrado de Transporte de Fortaleza (SIT-FOR). Para hacer esto, utilizamos la categoría de trabajo, entendiendo en una perspectiva marxista que desde las relaciones de trabajo, las mujeres y los hombres median su relación con los otros elementos de la naturaleza y se constituyen como seres sociales. En este sentido, al revelar las funciones que realiza el sistema de transporte en las ciudades, como garantizar la movilidad de la clase trabajadora hacia los lugares de trabajo, no podemos dejar de darnos cuenta de que también las contradicciones de clase engendradas en el conflicto entre los conductores de autobuses, Los coleccionistas y empresarios del sector forman parte del proceso de (re) producción de espacios urbanos en ciudades como Fortaleza.