Este artigo apresenta a crítica e autocrítica dos projetos cenográfico e audiovisual para a montagem teatral de Retrato de Augustine. A análise é baseada nas relações entre duas personagens femininas principais: Augustine e sua Mãe. O contexto histórico para a análise é o encontro entre Jean-Martin Charcot e Sigmund Freud nos anos 80 do século XIX. A abordagem teórica usa o conceito freudiano de “Unheimlich” (não familiar, estranho) para depois desdobrar os argumentos com as considerações de Hans-Thies Lehmann sobre esse conceito; e a noção de “psicopolítica”, de Peter Sloterdijk.