O artigo pretende analisar as dinâmicas e relações dos vários agentes envolvidos nos conflitos decorrentes da exploração da prata e das relações comerciais da região platina. Entende-se que estudar os conflitos a partir da dualidade Portugal e Espanha não é suficiente para explicar a complexidade daquele cenário, tendo em vista que ambos comportam-se de forma heterogênea, e que havia outras nações, como Inglaterra, França e Holanda que também tinham interesses no Rio da Prata. Pretende-se ainda analisar a razão pela qual a coroa portuguesa estima esse território a ponto de criar uma praça militar na América espanhola, fugindo totalmente ao modelo adotado no Atlântico, e que tinha como função não só proteger as navegações portuguesas no Rio da Prata, mas, sobretudo, o comércio ilícito.
This article tries to understand the dynamic and constant relations established by the agents responsible for the silver exploitation and the commercial life of the Plate. To study those conflicts based only on the dualism of Spanish and Portuguese crowns isn’t satisfactory, as long as both didn’t act in a homogeneous way. Also, there were other nations involved, as Great Britain, France and Netherlands. After that, the article discusses the relevance of that territory to the Portuguese Crown, which came to establish a military fortress in Spanish America territory, in a singular way, when we think about the model adopted in the Atlantic possessions: a fortress dedicated to the defense of the Portuguese navigations but, overall, to protect smuggling.