Este artigo apresenta a festa carnavalesca paulistana em três momentos: há a
festa como centralidade ausente – o entrudo; a seguir, implementada como centralidade
complexa e eventualmente descontrolada, a festa carnavalesca do século XIX. Neste passo,
o projeto da burguesia cafeeira paulista era o de varrer fora o entrudo; fracassado e revisto,
porém, o projeto retorna como incentivo às novas manifestações festivas surgidas do atrito
entre Sociedades e Entrudo, mas desde que disciplinadas. Por fim, no movimento de
metropolização e desgaste da vida de bairro, o carnaval reconstitui-se como falsa
centralidade, como espetáculo carnavalesco no “sambódromoâ€.