O artigo trata de uma dimensão da segregação urbana – função da desigualdade socioeconômica - a desigual distribuição de localidades destinadas à produção e divulgação de cultura em Anápolis e, ao mesmo tempo, a virtual ausência de espaços dedicados à produção, promoção e divulgação da cultura de vertente popular. Buscamos distinguir de uma maneira preliminar a vertente erudita daquela popular inclusive, e talvez principalmente, no que diz respeito aos espaços arquitetônicos caracterÃsticos de cada uma destas vertentes. A dita cultura erudita, contemporaneamente, costuma estar associada com espaços chamados comumente de “centros culturais†e estes se caracterizam, muitas vezes, como espaços de mercantilização das manifestações culturais; já a dita cultura popular prescinde destes espaços nobres e geralmente centrais nas cidades, mas que ainda assim precisam de espaços adaptados à s necessidades das comunidades empurradas para a periferia das nossas cidades. Assim, procuramos caracterizar como uma cidade média e importante no Estado como Anápolis se conforma tipicamente com o caso geral das cidades brasileiras em seu descaso com as periferias inchadas e o descaso com a cultura popular especificamente.